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Como fazer o cachorro parar de comer fezes em 3 passos

Cão filhote

Seu cachorro come fezes? Se isso está acontecendo saiba que não é normal e é preciso saber como fazer para o cachorro parar de comer fezes o quanto antes, para que ele não adquira doenças. Primeiro é importante saber o que causa esse tipo de hábito, que pode ser tanto emocional quanto imitação de alguma medida que você mesmo está fazendo no seu dia a dia.

Brigar e dar broncas não funciona e ainda pode piorar a situação. Por isso, confira a seguir o que fazer para o cachorro parar de comer fezes em 3 passos, e ainda adotar uma rotina mais saudável para o bem estar do seu melhor amigo.

Índice

Passo 1: Entender os problemas e os erros

O primeiro passo é entender o porquê ele está fazendo isso. Também pode-se encontrar equívocos na rotina dele ou erros ao lidar com algumas situações que estejam gerando esse comportamento.

Possíveis causas comportamentais e emocionais

Cachorro come por estar estressado

Problema #1: Tédio

O estado emocional do seu bichinho pode estar levando a coprofagia. Isso porque animais que passam o dia todo sozinhos, com poucos estímulos, principalmente quando vivem em apartamentos ou sem muito espaço, podem ficar entediados.

Os cães além de precisarem se exercitar e de atenção, também precisam ter estímulos no cotidiano, afinal ninguém gosta de ficar entediado. E isso pode estar fazendo com que seu pet encontre no cocô algo para se distrair, seja brincando com ele, apenas mexendo, ou efetivamente ingerindo.

Problema #2: Ansiedade

Animais sentem tédio, amor, medo etc. E assim como nós, eles podem sofrer com ansiedade. No caso, esse estado emocional de antecipar “que algo ruim está para acontecer” leva a uma tensão mental.

Esse estresse pode levar o cão a ingerir cocô para tentar encontrar um alívio mental. Essa ansiedade pode vir do ambiente ou por se sentir sozinho, assim como traumas anteriores.

Problema #3: Estresse Crônico

O hormônio cortisol é necessário para qualquer animal, e ele é o responsável por gerar o estresse. Esse hormônio é essencial para determinados problemas, contudo se liberado constantemente pode causar um estresse crônico, o que não é benéfico. Isso pode ter diferentes motivos como, por exemplo, o animal não se adaptar ao ambiente em que vive.

Algo que pode ocorrer se os donos costumavam morar em uma casa e se mudam para um apartamento, em que o cão tem menos espaço. O estresse crônico pode levar a problemas de ordem fisiológica, emocional e comportamental, inclusive a comer as fezes.

Problema #4: Imitação (recolher os dejetos)

Cães conseguem aprender de acordo com o que vêem ao seu arredor. Isso porque são animais gregários, ou seja, que vivem em grupos. Assim como os humanos, os pets tendem a imitar os comportamentos a fim de se adequar nos grupos em que se encontram.

Portanto, se você recolhe as fezes na frente do seu cão, pode ser que ele entenda que as fezes devem sumir, no ponto de vista dele. Portanto, evitar a limpeza dos dejetos na frente do cão coprófago é uma maneira de evitar que este aprendizado se desenvolva.

Problema #5: Chamar a atenção do tutor

Quando chegamos em casa, parece uma festa para os cães. Cães valorizam muito as interações com o dono ou tutor e com a família toda. E essa valorização pode ser tanto para interações positivas quanto negativas.

Por isso cães podem ter atitudes recorrentes de destruir sofás ou chinelos, mesmo que levem broncas, pois o que importa para eles é a atenção que irão receber.

Assim, o cão que sofre com coprofagia canina pode entender que, quando pega as fezes, o dono ou tutor interage com ele. Ou seja, ele continua com esse hábito para ganhar a atenção.

Problema #6: Brigas e Broncas

Pet levando bronca

A atitude que muitos tem ao ver o ato de coprofagia é brigar e dar broncas. Contudo, isso pode acabar piorando a situação. O cão pode continuar entendendo que o que está errado são as fezes e não o ato de comê-lo. Além disso, brigas e broncas aumentam os níveis de estresse do cachorrinho, o que causa a manutenção dos motivos emocionais da coprofagia.

Problema #7: Evitando punições

Assim como brigas e broncas, punições nunca são uma solução e podem agravar o quadro. Utilizar sprays de água, garrafas pet com pedrinhas, sustos, atirar objetos próximos ao cão podem apenas piorar a coprofagia. Esse tipo de atitude aumenta os níveis de estresse. O que faz com que seu animalzinho utilize a coprofagia como escapatória emocional.

Principais erros que os tutores cometem que causam coprofagia

Cachorro imita o tutor

Erro #1: Limpar o cocô na frente do cão

Um erro que pode estar levando seus peludos a terem coprofagia é o ato de limpar as fezes na frente dele. Como nós, cães vivem em grupos sociais e dessa maneira aprendem por meio da imitação.

Se você limpa os dejetos na frente do seu cachorro ele pode estar tentando replicá-lo pegando as fezes e sumindo com ele. Por isso, procure realizar essa medida sem que seu bichinho de estimação veja.

Erro #2: Esfregar o focinho no cocô

Uma atitute que gera muito estresse é a do tutor esfregar o focinho do cão nos dejetos quando vê o cachorro comendo cocô. Os cachorros não têm a mesma linha de raciocínio que os humanos, e eles não irão entender que comportamento eles devem ter. Ter esse tipo de atitude não ensina nada ao seu cachorro e ainda pode piorar a coprofagia.

Erro #3: Brigas e Broncas

Na grande maioria dos casos de coprofagia canina, o primeiro impulso dos donos é brigar ou dar uma bronca, e este é um erro que precisa ser corrigido.

Brigar com seu cachorro geralmente não tem efeito, principalmente se o tutor já brigou mais de uma vez. Isso só aumenta as chances de o cachorro continuar com o hábito da coprofagia, pois ele não consegue entender ou associar que essa ação está errada.

Erro #4: Bater no cão

Nenhum tutor deve ter esse tipo de ação. Bater no animal nunca deve ser visto como uma solução e além de ser uma agressão, pode gerar traumas no seu bichinho.

Caso já tenha acontecido de você bater em seu cão por conta de o ver comendo cocô, resolver a coprofagia pode ser mais difícil. Seu cão terá mais estresse e pode desenvolver outro comportamento não saudável devido a instabilidade emocional.

Erro #5: Disputar o cocô com o cão (tentativas para o cão largar o cocô)

Uma atitude que os donos podem ter e que é um erro é de tentar pegar o cocô da boca. Seja tentando pegar com as mãos, falando ou abrindo a boca. O animal pode acabar entendendo isso como uma disputa.

Essa “disputa pelo cocô” pode dar a entender que o dog deve fazer as necessidades escondido ou ingerir elas mais rápido. Isso torna a resolução dos casos de coprofagia mais complicada e pode tornar mais difícil de o cachorro perder esse hábito de vez.

Erro #6: Não regular a alimentação

Cachorro comendo

A dieta é um ponto importante para conseguir resolver a coprofagia canina, e merece cuidados especiais. É preciso garantir que seu cachorrinho esteja recebendo uma ração adequada. A quantidade de alimento deve estar de acordo com o peso do cão, e para saber a quantidade correta, deve-se levar em consideração a quantidade calórica da ração.

Manter uma rotina de alimentação também é importante. Oferecer a alimentação sempre no mesmo horário ajuda a ajustar o relógio biológico do cão, de forma a alinhar os horários de defecação com os momentos em que os tutores estão em casa, e assim podem fazer a retirada das fezes do local.

Erro #7: Dar ração a vontade

Muitas vezes os donos podem achar que o bichinho está comendo fezes porque a quantidade de ração não é suficiente. Assim, deixam a comida à vontade para o animal, ou então colocam mais sempre que o pote está vazio.

Isso pode piorar a saúde do seu cachorro, trazendo outros problemas como obesidade e ainda não resolvendo o comportamento de coprofagia. Por isso que é tão importante regular a alimentação, fornecendo a quantidade correta e seguindo uma rotina.

Passo 2: Ajustar a rotina do cão

Shih tzu dormindo

Como vimos, ter uma rotina para seu cão é essencial para ajudar com a questão da coprofagia e para manter a saúde dele. Por isso, fazer alguns ajustes e adotar algumas medidas já pode fazer toda a diferença. Confira a seguir o que fazer quando o cachorro come fezes e algumas dicas para tornar a rotina do seu pet mais saudável.

Cuide da quantidade, qualidade e forma de alimentar

Horário de comer do cachorro

A regulação alimentar é muito importante para resolver a coprofagia canina. Para garantir que ela esteja adequada existem três pontos principais: quantidade, qualidade e forma de alimentar.

É preciso que a quantidade seja adequada para a idade, porte e para as raças do seu pet. Além disso os horários devem ser fixo e nunca deixar a comida disponível o tempo inteiro. Se o cão não comer em até 15 minutos, retire o pote  com o alimento disponível e o coloque novamente apenas quando for o horário da próxima refeição.

Verifique se a comida utilizada é de uma categoria que está fornecendo todos os nutrientes que o seu pet precisa para o dia a dia. Recomendo que a ração seja Premium ou Super Premium.

Já a forma de alimentar mais indicada é a alimentação ativa, que consiste em ofertar a ração em brinquedos dispensadores de alimento, o que ajuda a colocar o pet em atividade.

Com isso, o animal terá, durante a refeição, um momento para expressar comportamentos naturais. Ao fazer isso, o cachorro pode manter um estado emocional mais equilibrado, chamado de homeostase.

Regule o horário de defecação

Ao estabelecer horários fixos de refeição, naturalmente o horário de defecação irá ser regulado. É importante que o organismo fique ativo após comer, portanto realizar alguma atividade física tanto antes quanto depois da refeição pode ser uma maneira de incentivar a evacuação. Massagens no abdômen também são uma ótima opção.

Passo 3: Aplicar o Treino Anti Coprofagia

Lhasa apso

Ações individuais ou apenas levar no médico veterinário nunca trazem resultados duradouros, é preciso que diversas ações sejam adotadas em conjunto para que a coprofagia seja resolvida. E a aplicação do treino Anti-coprofagia é o que falta para o seu cãozinho nunca mais ter esse comportamento de comer as próprias fezes de novo.

O treino anti-coprofagia é um método baseado em técnicas de condicionamento e de educação canina amigável, onde o uso de recompensas e incentivos emocionais farão com que o pet que sofre com coprofagia escolha se afastar das fezes e ignore-as.

Conclusão

O cãozinho comer as próprias fezes não é saudável, pode causar doenças (como pegar parasitas) e deve ser resolvido o quanto antes. Para isso uma série de ações devem ser adotadas, tudo em conjunto, para que o seu animalzinho pare com a coprofagia.

O primeiro passo é entender os fatores e erros cometidos que possam estar gerando esse comportamento. Em seguida é preciso fazer alguns ajustes na rotina do seu cãozinho para que ele tenha os horários de refeição, de fazer as necessidades e local para o mesmo, para fazer exercícios físicos e de interagir com os tutores.

Por fim, agora você sabe como curar cachorro que come fezes, realizando uma série de ajustes na rotina do cão e aplicando o treino Anti-Coprofagia. Esse conjunto de ações irá resolver de uma vez por todas o caso do seu cachorro fazer a ingestão cocô, com técnicas de premiação mais amigáveis, baseado em dados que realmente trazem efeitos.  

Se você busca um passo a passo detalhado com mais informações sobre como aplicar o treino Anti-Coprofagia e como resolver esse problema de ingestão de fezes, então temos a solução ideal para você.

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Perguntas frequentes

O hábito de comer fezes não é saudável, ele vem principalmente por motivos comportamentais e emocionais, além de poder ser uma reação de imitação se ele vê o tutor limpando os dejetos.

Existe uma série de ações que devem ser realizadas em conjunto para seu pet parar de comer cocô, como evitar limpar os dejetos na frente do cãozinho, não dar broncas nem deixar o animal muito tempo sozinho, além de regular a rotina.

Deixar a comida disponível o tempo todo pode piorar a coprofagia e não irá resolver a situação. Isso porque, pelo fato de comer mais, o cachorro irá defecar mais vezes, consequentemente ficando com cocô à disposição dele mais vezes, aumentando as chances de vir a comer, e reforçando cada vez mais esse comportamento.

Rafael Wisneski

Rafael Wisneski

Especialista em Comportamento Canino e Educação Canina há mais de 15 anos, professor universitário de cursos de Medicina Veterinária, e idealizador de cursos online para tutores e cursos para adestradores

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