Já aconteceu de você chegar em casa depois de um dia cheio de trabalho e ver que seu cão está com a boca suja de fezes, porque as comeu? Se sim, você sabe como é ruim quando o cachorro tem o hábito de comer cocô. Mas, será que existe algum remédio anticoprofágico para cães que é confiável?
De modo geral, os medicamentos que visam combater o comportamento coprófago atuam na alteração do gosto dos cocôs dos animais de estimação. Além disso, precisam ser ministrados antes das refeições.
No entanto, para saber se vale a pena fazer o uso desses produtos, você descobrirá aqui se o remédio para coprofagia funciona e qual a opinião das pessoas que já fizeram uso desse produto.
Índice
Qual é a função do anticoprofágico para cães
Os remédios anticoprofágicos, em geral, têm duas apresentações: comprimidos, e em pó, havendo diferença na sua funcionalidade e uso. O objetivo dos anticoprofagicos em comprimido é serem administrados levando em consideração o peso do cão, para que as fezes fiquem menos palatáveis ou contenham um sabor amargo e odor repulsivo.
Um exemplo disso é o anticoprofágico Coprovet, comercializado em caixas com 20 comprimidos, e que aparece como sugestão de compra em diversas pet shops. Em suma, indica-se uma posologia de 1 comprimido a cada 5kg de peso do animal. Além disso, para cães com menos de 2,5kg, o ideal é dar apenas 1/2 comprimido.
Já o uso dos compostos em pó podem ser polvilhados na ração do cão ou até mesmo nas fezes, exercendo a mesma função do comprimido, visando deixar as fezes aversivas ao cão que sofre com coprofagia canina.
O que dizem sobre medicamento anticoprofágico para cães
Na minha trajetória profissional de adestrador e comportamentalista de cães já atendi inúmeros casos de cachorros que comiam cocô. Cães com idades diferentes, raças diferentes, ambientes diferentes (casas grandes e pequenas, apartamentos, sobrados, chácaras), uma variação enorme de possibilidades de estímulos e experiências para os animais.
Em quase todos estes casos, antes da minha abordagem comportamental profissional, foi utilizado algum medicamento anticoprofágico por parte dos tutores. Logicamente, como o medicamento não funcionou, eu fui chamado a atender o problema canino de coprofagia.
Afinal, um remédio para coprofagia atua em apenas uma das várias questões que podem levar os cães a comerem as fezes. Ele atua na causa nutricional e clínica. No entanto, o ato de comer dejetos por parte desses animais pode estar ligado também a causas emocionais ou comportamentais. Sendo que, esta última, é o principal motivo que leva os cachorros ao ato coprófago.
Relatos de tutores que testaram remédios anticoprofágicos
Quero lhe mostrar alguns relatos de tutores que já tinham experimentado uma série de remédios que não deram o resultado esperado. Confira o que esses tutores me contaram:
“Eu estava desesperada, tentei remédio, floral, spray amargo e nada adiantava com a minha filhote de 2 meses” (Depoimento de Juliana Biar)
“Já tinha tentado absolutamente tudo tudo mesmo” (Depoimento de Graciana Zainko)
“Fizemos todas as dicas que encontramos, inclusive, demos remédio que a veterinária indicou” (Depoimento de Kelly Toledo)
“Já tinha tentado muitos remédios e comidas e nada dava resultado” (Depoimento de Maiza Rocha)
Por estes relatos é fácil perceber que os remédios para coprofagia não trouxeram o efeito esperado, sendo ineficientes na resolução dessa questão. No final deste artigo você conhecerá a solução que é comprovadamente eficiente para coprofagia, que foi utilizada por milhares de mamães de pet.
Por que remédio anticoprofágico não resolve?
Os medicamentos anticoprofágicos tem uma eficácia extremamente baixa, quase nula, sendo observado de forma empírica por profissionais e nos relatos de donos e tutores que lançaram mão do uso.
Mas, isso tem uma explicação: os medicamentos não atuam na causa comportamental. Diferente do que muitos podem acreditar, o comportamento canino é bem complexo e não está sujeito ao senso moral e às percepções única e exclusivamente humanas.
Em geral, acredita-se que um sabor ou um cheiro pode ser aversivo ao animal por conta de ser repulsivo e desagradável do ponto vista humano, e isso não é verdade. É estabelecido um ponto de partida totalmente antropomorfizado, ou seja, é percebido como uma questão humana, quando não é.
Os medicamentos atuam em apenas uma causa da questão, e dependendo do manejo comportamental estabelecido para a coprofagia canina, eles podem potencializar o problema que se visa combater. Neste ponto de vista, desconsidera-se tudo mais que está envolvido na coprofagia.
Ou seja, é deixado de lado o fato de que o pet pode estar comendo as próprias fezes porque está imitando o dono que costuma recolher as fezes na frente dele, ou porque tem medo de levar broncas, ou por uma série de outras questões comportamentais.
Ademais, ao usar o medicamento o dono pensa estar resolvendo toda a questão. No entanto, não leva em consideração que os dejetos do cachorro continuarão no espaço em que ele evacuou. Esse manejo, que não leva em consideração o tempo de exposição às fezes, também colabora para que o comportamento coprófago não cesse.
Por que este tipo de remédio não é confiável?
Devido à natureza do problema de coprofagia canina ser comportamental, o uso de remédios pode levar a uma piora do quadro. Isso ocorre, justamente, por conta da forma de administração desses remédios e do manejo comportamental proposto (deixar as fezes expostas no ambiente).
E também, dependendo dos componentes do remédio, pode haver princípios ativos que comprometem a saúde do cão, como é o caso do glutamato monossódico. Este princípio visa alterar o sabor das fezes, porém é relatado que os efeitos colaterais são vômito, náuseas, dores de cabeça, entre outros.
Além disso, anticoprofágicos para cães que são polvilhados sobre a ração alteram o gosto que o pet já está acostumado. Desse modo, ao tentar comer seu alimento, o cachorro sente o gosto diferente e pode se negar a ingerir a ração. Por conta disso, acaba ficando com fome e, quando evacuar, vai comer as fezes como uma forma de atenuar a deficiência de nutrientes.
Após essa ingestão, o dono xinga o animal, que não entende o motivo e, ainda, adiciona uma quantidade maior de pó anticoprofágico na próxima refeição. Assim, o cãozinho repete o comportamento e a ação vai se tornando um ciclo sem fim.
Ou seja, além de não se alimentar direito, o pet permanece comendo cocô como um recurso alimentar. Esse cenário com certeza não resolve o problema e pode causar mais transtornos para a saúde do seu animal de estimação.
Remédio caseiro para cachorro parar de comer cocô funciona?
Ao levar em consideração que os remédios anticoprofágicos não tratam toda a questão, alguns tutores procuram por soluções mais naturais. Mas, será que existe um anticoprofágico natural que seja eficaz?
A resposta mais simples é não! Não existe uma solução caseira que seja completamente eficaz para tratar o problema do cachorro que come fezes.
Em suma, existem algumas soluções caseiras como adicionar abobrinha ou abacaxi na alimentação para que estas mudem o gosto das fezes. No entanto, além de partirem de uma percepção sensorial humana, não se mostram eficazes a longo prazo.
Novamente, assim como ocorre com os produtos anticoprofágicos disponíveis no mercado pet, a mudança na comida ofertada ao animal não vai tratar todas as questões que levam ao problema.
Não há uma solução milagrosa. Sendo assim, antes de submeter seu cãozinho a uma alimentação inadequada ou ao uso crônico de medicação, vale a pena conferir o que realmente funciona para tratar a questão. Saiba mais sobre isso a seguir.
O que realmente funciona para curar coprofagia?
Devido à origem multifatorial da coprofagia canina, é necessário abordar a questão em diversas frentes conjuntas. A primeira é avaliar junto ao médico veterinário as questões de saúde.
Vermes e doenças do trato gastrointestinal podem levar o cão a comer cocô, por isso resolver a parte clínica é importante. Em suma, o médico veterinário tem experiência para avaliar cada caso de saúde dos animais e, depois disso, indicar o melhor tratamento.
Já para as questões emocionais, como tédio e ansiedade, é essencial compreender estes quadros e ofertar atividades de supram as necessidades caninas, como:
Atividades físicas e passeios;
Oferta de brinquedos dispensadores de alimento e brinquedos recheados com comida;
Itens para mastigação e outros tipos de enriquecimento ambiental.
Essas ações colaboram para o bem estar e estados emocionais mais equilibrados, afinal, fazem com que os cães se cansem, tenham mais atividades durante o dia e, portanto, estejam menos propensos a desenvolver emoções que afetem sua saúde.
Com as duas causas anteriores sob controle, a aplicação do treino Anti-Coprofagia ajudará o cão a entender qual comportamento mais adequado e vantajoso deve ter quando há fezes no ambiente, que será se afastar do cocô e ignorá-lo.
Assim sendo, todos os motivos que levam o seu pet à ingestão de fezes são tratados de forma equilibrada, o que leva ao abandono do hábito coprófago.
Por fim, se vale um adendo, sempre que seu pet fizer as fezes, procure removê-las imediatamente e, de preferência, sem que você seja visto fazendo isso. Ou seja, elimine as fezes e cuide para que seu pet não perceba isso. Assim, você mantém o ambiente limpo e evita que seu bichinho de estimação tente imitar o ato em outro momento.
Conclusão
O ato de comer fezes pode surgir em cachorros de raças e idades distintas. Por mais que existam alguns remédios disponíveis no mercado, o uso dos mesmos pode trazer alguns efeitos colaterais para a saúde dos pets.
Isso porque, caso o anticoprofágico para cães altere o sabor da refeição que estão acostumados, os animais podem rejeitar o alimento e, assim, recorrer às fezes em caso de fome. Além disso, se o anticoprofágico possuir glutamato monossódico na composição, ao longo do tempo, o cachorro que recebe a medicação pode ter outros problemas de saúde.
Portanto, o melhor jeito de tratar o problema do pet que come cocô é controlando as causas emocionais e comportamentais. Nesse sentido, o treino de afastamento das fezes logo após a evacuação é essencial.
Pensando nisso, eu elaborei uma solução que é comprovadamente eficiente para coprofagia, que já foi testada por milhares de mamães de pet. Esta solução se chama Método COMER COCÔ NUNCA MAIS! Aplicando este método completo, passo a passo, você conseguirá com que seu cão pare de UMA VEZ POR TODAS de comer cocô. Para saber mais clique no botão abaixo:
Perguntas frequentes
O que causa a coprofagia?
A coprofagia é um distúrbio comportamental que pode ser causado por diferentes problemas. Algumas raças como Shih Tzu e Lhasa Apso possuem maior tendência a desenvolver a questão.
Existem causas clínicas, como a presença de parasitas ou problemas de absorção de nutrientes que podem levar o pet a ingerir seus dejetos.
Mas, o que mais pode causar a coprofagia são razões emocionais (ansiedade e estresse, por exemplo) e, principalmente, comportamentais. Estas últimas estão ligadas, por exemplo, ao ato de comer fezes para imitar o ato dos tutores de recolher as fezes, ou para evitar xingamentos.
Qual remédio para coprofagia canina?
No mercado, existem diferentes tipos de remédios para evitar que os cachorros comam as fezes. Apesar disso, o uso de um anticoprofágico não é a melhor maneira de tratar a questão pois, em geral, esses produtos não atuam de forma global para a resolução do caso.
Em suma, o anticoprofágico atua (quando muito), na resolução do problema nutricional ou clínico que leva o pet ao hábito coprófago, excluindo outras causas do tratamento.
Qual a melhor ração para coprofagia?
As melhores rações para cães coprófagos são as dos tipos Premium e Super Premium, pois elas possuem maior percentual de proteínas e fibras que garantem a saciedade do pet por mais tempo. Além disso, são ricas em nutrientes.
Com a alimentação mais adequada, os pets deixam de querer buscar nas fezes o recurso alimentar que sentem falta, o que reduz as chances de fazerem a ingestão dos dejetos.
Outro ponto que merece destaque sobre a ração é a quantidade de vezes que ela é ofertada por dia, bem como a forma em que é ofertada. É preferível que seja feita a alimentação de forma ativa, utilizando brinquedos dispensadores de alimento.
O que fazer para o meu cachorro parar de comer fezes?
Para que seu cachorro pare de comer fezes você precisa tratar todas as causas do comportamento ao mesmo tempo. Desse modo, procure descartar problemas de saúde, como doenças gastrointestinais, entre outras.
Ademais, dê mais atenção, não deixe seu pet sozinho por muito tempo, brinque e evite brigas para controlar a parte emocional.
Por fim, na questão comportamental, procure estabelecer uma rotina de alimentação, ofertando a ração nos mesmos horários todos os dias, e em dispensadores de alimentos, para que o cão fique entretido. Quando o cãozinho fizer as necessidades, procure removê-las imediatamente, sem que ele veja.
Outra ação importante é ensiná-lo a se afastar e ignorar o cocô sempre que evacuar. Para isso, invista em adestramento positivo sem punições, em que ele aprenda que tem mais benefícios ao abandonar os dejetos do que ao comê-los.
Anticoprofágico para que serve?
O anticoprofágico serve para alterar o gosto do cocô e, dessa forma, inibir a ingestão deste pelos cachorros. No entanto, como esse medicamento pode mudar o gosto da própria comida dos cães, pode acarretar em mais efeitos colaterais e até causar aumento dos episódios de coprofagia.
Isso ocorre porque o anticoprofágico trata da questão clínica e nutricional, mas não considera que o cachorro pode estar comendo cocô por motivos emocionais e comportamentais.